31 maio 2017

Point of View — Sofia Cameron Miller 
Como todas as manhãs o despertador branco soou pontualmente as 4 horas da manhã. Levantei meu braço direito batendo com força para que o barulho, que considero irritante, parasse, Não entendia como depois de 20 anos escutando o mesmo barulho ainda não tinha me acostumado com ele.   
Me levantei vendo meu marido, Nicolas Miller, ainda dormindo, ele trabalha em uma escola do bairro, ensinando química. Já eu, sou empregada na casa dos Bieber's, uma rica família do ramo da construção civil.  
Segui para o banheiro, onde amarrei meu cabelo castanho claro em um coque e analisei seu rosto vendo a idade chegar na minha pele de 46 anos, suspirei um pouco frustrada e tirei meu pijama indo tomar um banho na tentativa de me despertar.   
Ao sair do box coloquei minhas roupas simples e segui para a cozinha, onde faria o café da manha do meu marido. Ja eu decidi comer uma fruta e sai juntando minhas coisas, deixei o dinheiro do ônibus no bolso da calça. Destranquei a casa saindo e trancando novamente. Segui sem pressa ate o ponto do ônibus e me sentei a esperar do ônibus que ia para o sul da cidade, mais conhecida como a área nobre.    
Li a placa do ônibus e suspirei aliviada, ele não tinha demorado tanto. Dei sinal para que ele parasse e entrei no mesmo, dei o dinheiro para o trocador e passei na catraca, procurei um assento vago logo achando. Pedi licença a moça e me sentei do seu lado. A viagem ate a casa dos Bieber's era longa por isso sai cedo de casa. 
 [...]
Quase uma hora depois eu tinha chegado no condomínio em que meus patrões moravam. Cumprimentei os seguranças e o porteiro, e segui para a enorme mansão branca como a neve, sem muros ou cercas, a entrada da casa parecia a de um palácio. Dei a volta na casa entrando pela porta dos fundos e indo para o quartinho da empregada colocando meu uniforme. Amarrei meu cabelo em um coque perfeito e segui para a cozinha, onde Merlia, a cozinheira chefe, já preparava o café da manhã. Olhei o relógio na parede e ele marcava 6:40. Subi as escadas indo ate a suite principal, abri a porta com cuidado vendo apenas minha patroa deitada. Abri as cortinas fazendo ela se remexer na cama. 

-Bom dia – Patricia falou com sua voz rouca e seus cabelos negros despenteados.   
-Bom dia, senhora. Já são 6:40, Merlia já estar terminando seu café, deseja aqui toma-lo na cama? - Patricia se sentou na cama esfregando o rosto   
-Não, vou descer. Avise a Merlia que hoje teremos visita para o almoço - falo saindo da cama e calçando suas pantufas cinzas, estiquei o robe de seda vermelha para ela e mesma vestiu  
-Deseja algo especial? - perguntei vendo a morena de olhos azuis fechar seu robe e fazer uma cara pensativa  
-Não, mas algo chique. É um advogado que vai vim almoçar. Pode ir – falou rápido e fez um gesto para que eu saísse. 
-Com licença - sai do quarto fechando a porta e desci voltando a cozinha.  
Avisei a Merlia e peguei meu material de trabalho indo para o banheiro principal do térreo. Comecei a lava-lo para ficar perfeito quando a visita chegasse. 
 [...]
Acompanhei o advogado ate a saída da casa, o cumprimentei e o mesmo saiu. Voltei a sala de jantar para retirar os pratos e acabei encontrando Patricia de cabeça baixa apoiada em seu ante braço. 
-Estar tudo bem? - perguntei a Patricia  
-Não, Sofia. Tudo estar indo de mal a pior – disse levantando o rosto, sua expressão estava acabada, parecia que ia começar a chorar a qualquer momento   
-Deseja falar? - ela assentiu e eu me sentei na cadeira do seu lado   
-A empresa estar sendo processada – me surpreendi, trabalho com eles a 10 anos e nunca tinham sido processados – isso não é tudo, o cara que cuidava do setor financeiro roubou a empresa. Estamos quase quebrados, Sofia. - vi as lagrimas se formarem em seu rosto e a mesma olhou para o teto na tentativa de impedi-las. 
-Vocês não tem nada guardado? - perguntei tentando ajuda-la  
-Sim, mas ou pagamos o processo ou repormos na empresa para cobrir o furto. Se fizemos um o outro afunda, entende? - ela me olhou um pouco esperançosa   
-Sim. Não poderia tentar um empréstimo? Ou ate mesmo algum parente? - tentei dar soluções  
-Não temos parentes ricos assim, e um empréstimo seria mais uma divida com juros altíssimos – assenti – esse advogado é o do testamento do Greg e da Kat, queria saber se tem algum jeito de tiramos o dinheiro do Justin para ajudar a empresa.Infelizmente sem sucesso – ela disse colocando a mão na cabeça - não vejo Jeremy a dias por conta disso.   
Greg Bieber é o falecido pai de Jeremy Bieber, quando vivo Greg se tornou governador do estado e possuía uma rede de hotéis o que fez com que ele deixasse uma boa quantia para Justin, já que na época era seu único neto. Já Kat era a esposa de Greg, a mesma era uma grande estilista mas nunca abriu uma loja sua, apenas desenhava e vendia para marcas famosos ou fazia roupas para pessoas importantes. Ambos morreram em um incêndio quando resolveram acampar no verão, na casa que possuíam no interior da Florida, após o ocorrido Jeremy vendeu a casa ficando apenas com o dinheiro que seus pais possuía em suas contas, já que a rede de hotel Greg tinha vendido quando resolveu se aposentar e curtir o mundo 
-Calma, Patricia. Se estressar não vai resolver, precisa relaxar para as ideias fluírem – ela assentiu – e porque Justin ainda não tirou esse dinheiro? - perguntei sem entender o motivo de não poder usa-lo  
-Ele precisa casar para ter acesso ao dinheiro, você o conhece e eu não confio nas mulheres que ele sai. - assenti e a campainha atraiu nossa atenção, ja que o interfone não tinha tocado avisando sobre uma visita.   
-Já volto – disse me levantando e indo atender a porta.   
Abri a mesma me surpreendendo com a morena na minha frente, sorri abraçando minha filha.   
-O que faz aqui? - perguntei sentindo as lagrimas descerem   
-Estava com saudades – ela falou me apertando, segundos depois nos soltamos   
-Deveria ter me avisado, entre – disse dando espaço para que ela entrasse   
-Eu terminei a faculdade, mãe. - ela disse animada – estava esperando os resultados para voltar  
-Você estar formada?- perguntei feliz e a abracei novamente   
-Sim, agora sou uma administradora, mãe – Chloe falou sorrindo  
-Estar tudo bem? - a voz de Patricia me fez soltar minha filha   
-Patricia me desculpe, é que a Chloe acabou de voltar da faculdade   
-Ola Patricia – ela falou cumprimentando minha patroa   
-Chloe, a quanto tempo – Patricia disse surpresa e analisando minha filha dos pés a cabeça – terminou a faculdade? - perguntou após cumprimentar minha filha  
-Sim, recebi ontem meu diploma, por isso resolvi fazer essa surpresa – disse acariciando meu ombro   
-Meu parabéns. Sofia se quiser tirar o dia de folga, pode ir. Sei que deve estar com muitas saudades da sua filha – assenti   
-Não precisa – Chloe falou me olhando – desculpa, é só que estou cansada da viagem e quero dormir. Vim apenas avisar que tinha chegado. Mas se puder tirar o sábado de folga seria maravilhoso   
-Sem problema – Patricia disse – posso me virar um dia sem sua mãe - falou nos arrancando risos   
-Obrigada, vou indo. O táxi estar me esperando, foi bem revê-la, Patricia – Chloe a cumprimentou novamente – te amo mãe, ate em casa – ela me deu um beijo na bochecha e saiu da casa.  
-Ela mudou – Patricia falou – faz uns 3 anos que a via   
-Sim, o curso durou 4 anos – disse suspirou – eu mal a via por conta das provas e trabalhos  
-Essa seria uma menina perfeita para casar com o Justin – Patricia falou pensativa e eu a olhei – desculpa, pensei alto   
-Você acha mesmo? - perguntei surpresa   
-Sim, Chloe é uma menina maravilhosa e a vi crescer, assim como você viu o Justin crescer.   
-Verdade – fitei o chão um pouco pensativa  
-Você acha que ela concordaria? - Patricia perguntou um pouco receosa   
-Em casar com o Justin? Não sei, nunca conversamos sobre casamento  
-É uma boa quantidade que Justin tem a ganhar, vocês poderiam ficar com uma parte e comprar uma casa ou algo que vocês desejam. O que você acha? - ela perguntou e eu a olhei  
-Sinceramente, eu não sei. Nunca pensei que isso fosse acontecer.   
-Tudo bem, pense. Todos temos a ganhar com isso. - ela tocou meu ombro sorrindo e se retirou do corredor me deixando com vários pensamentos.  
Seria certo fazer esse tipo de proposta a minha filha? Pedir que ela se cassasse com um homem que mal viu para termos um dinheiro extra?
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Oi gente, resolvi postar essa fanfic aqui no blog. Espero que gostem e que alguém leia kkk A sinopse esta nesse LINK

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